Com a convergência midiática as rádios digitais passam a ter uma melhor qualidade de som e cresce o número de estações. As mudanças vão além da tecnologia. Atigem principalmente as formas de interação com o público.
Escutar o noticiário no rádio era como participar de um evento social. Os adultos se arrumavam, colocavam a melhor roupa e se dirigiam as casas dos vizinhos que tinham o fabuloso aparelho: o rádio. Ao redor daquela caixa que emitia vozes as pessoas se reuniam, se encontravam e ficavam imaginando todas as cenas descritas.
Hoje não precisamos ir a lugar nenhum para ter acesso às informações. Recebemos e-mail e notícias pela telefonia. Ouvimos rádio e assistimos a programas de televisão pelo computador. O crescimento na área das telecomunicações e o desenvolvimento do formato digital favoreceram o que hoje chamamos de convergência midiática, que se caracteriza pela migração digital dos meios.
Na radiodifusão tradicional a informação é transmitida na forma de sinais analógicos. Com a migração digital, os sinais de áudio são digitalizados antes de serem transmitidos. Qual a grande diferença nesta mudança? Falando sobre a questão técnica, o rádio digital terá uma melhor qualidade e o número de estações se ampliará. As rádios AM passaram a ter qualidade FM e as FM terão qualidade aproximada aos CDS.
Segundo a Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, existe uma preferência por sistemas em que o sinal digital compartilha o mesmo canal do sinal analógico, pois o custo para implementação é menor.
O que se discute é se essas mudanças causariam a descaracterização dos veículos. A televisão e o rádio, por exemplo, possuem aspectos próprios que se modificam com a migração para as redes digitais. Com o rádio digital a abrangência das emissoras aumenta, o público-alvo já não é somente o ouvinte, mas também o usuário. E o discurso deixa de ser unicamente sonoro para ser também visual.
Com a migração digital, os meios podem se descaracterizar e causar uma maior individualização na sociedade. Mas, ganharam penetrabilidade e se tornaram mais flexíveis, adaptando-se ao ritmo de vida das pessoas.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
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